O que o maracatu, a capoeira e cidades históricas brasileiras, como Ouro Preto (MG), têm em comum? Todos são patrimônios culturais do Brasil. Fazem parte da identidade, memória e desenvolvimento socioeconômico do País. Há 80 anos, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), busca promover e coordenar o processo de preservação desses bens e todo 17 de agosto, Dia Nacional do Patrimônio Cultural, chama-se a atenção para o tema.
A data é celebrada desde 1998, ano do centenário do jornalista, historiador e primeiro presidente do Iphan, Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969). Entre 1934 e 1945, período em que Gustavo Capanema era ministro da Educação, Andrade integrou o grupo formado por intelectuais e artistas herdeiros dos ideais da Semana de 1922 e se tornou o maior responsável pela consolidação jurídica do tema Patrimônio Cultural no Brasil.
O Decreto de 1937 estabelece como patrimônio “o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”.
O artigo 126 da Constituição Federal, no entanto, ampliou o conceito e substituiu a nominação Patrimônio Histórico e Artístico por Patrimônio Cultural Brasileiro. O termo foi definido como os bens “de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.
Nessa redefinição promovida pela Constituição, estão as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Ao longo dos anos e com respaldo jurídico, o Iphan tornou-se referência e procurou zelar pelo cumprimento dos marcos legais, ao efetivar a gestão desse Patrimônio Cultural. Dele, fazem parte os patrimônios material, imaterial e arqueológico.
O Iphan é responsável pela preservação de 87 conjuntos urbanos tombados e 1262 bens materiais tombados; pela salvaguarda de 40 bens imateriais registrados como patrimônio cultural brasileiro e pela gestão de 24 mil sítios arqueológicos cadastrados.
Selo e comemorações
Na última terça-feira (15), o
Iphan lançou o emblema do Patrimônio Cultural Brasileiro, que dará uma identidade visual única e comum a todos os bens reconhecidos como patrimônios culturais no país. O lançamento ocorreu durante o Seminário Internacional Gestão do Patrimônio Moderno, realizado pelo Iphan no Auditório do Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
Com informações do Iphan
Data: 17/07/2017